ANTROPOFAGIA ICAMIABA: Contra-sexualidade e contra-cinema: a auto-pornografia como ferramenta de subversão política

Taís Ribeiro Lobo

Resumo


Este trabalho se propõe a refletir sobre o processo de criação de uma auto-pornografia a partir da apropriação e subversão de tecnologias sociais e digitais por mulheres e feministas, compreendendo que tal ação repercute em novas formas estético-políticas de se vivenciar os afetos, a sexualidade, a pornografia, o erotismo e o fazer cinematográfico. Para tanto, serão analisados os processos de criação dos filmes Onira Vira Rio, Polifonia, O Sexorcismo de Aily Habibi e Speaker, que compõem o projeto fílmico Antropofagia Icamiaba, do qual sou integrante. Partimos da idéia de que os discursos e as práticas hegemônicas em torno da pornografia e do erotismo tratam-se de tecnologias de gênero e
sexualidade que integram um regime político-econômico centrado na regulação a nível molecular dos corpos. Ao abordar esses fatores, a pesquisa também buscará entender de que forma a auto-representação crítica se constitui numa importante ferramenta de desconstrução de epistemes e cosmologias hegemônicas.


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