Editorial

Eliany Salvatierra, Rafael de Luna Freire

Resumo


O novo número da revista Rascunho é uma edição dupla, trazendo as melhores monografias defendidas no primeiro e segundo semestres de 2012 do curso de Cinema e Audiovisual da UFF. Novamente, temos uma amostra da qualidade e variedade dos trabalhos de conclusão de curso dos nossos alunos.

Nesta edição, apresentamos trabalhos de análises fílmicas detalhadas, como o dedicado ao clássico melodrama de Douglas Sirk por Guilherme Conde, orientado pelo prof. Fabián Nuñez. Filmes e diretores de várias épocas são abordados, do emblemático cineasta dos anos 1980 estudado por Tiago Piccinini, sob orientação do prof. Tunico Amâncio, a um dos mais recentes filmes de Werner Herzog, analisado por Milena de Miranda com orientação da profa. Eliany Salvatierra.

Obviamente, o cinema silencioso também não deixa de comparecer, seja no trabalho de Marianna Mansano, orientada por Fabián Nuñez, sobre o caráter moralizador de filmes silenciosos norte-americanos, assim como na análise de Camila Suzuki, orientada por Tunico Amâncio, da pioneira diretora francesa Alice Guy Blanché.

O estudo dos gêneros cinematográficos, por sua vez, marca presença com os “filmes de monstro” estudados por Carlos Eduardo Proença, orientado pelo prof. João Luiz Vieira; pelas “neochanchadas” abordadas por Jocimar Soares; e pelos “filmes de família” discutidos por Marília Muniz, ambos orientados pelo prof. Fernando Morais.

Dois trabalhos se destacam pela notável contribuição ao estudo de temas ainda marginais. Sob a orientação da profa. Mariana Baltar, Felipe Lopes faz uma análise cuidadosa do mercado brasileiro de filmes pornográficos na atualidade, enquanto William Domingos, orientado pelo prof. Maurício de Bragança, reflete sobre a representação do personagem do prostituto no cinema.

Com sua monografia sobre a função do continuísta e da própria continuidade, Nosara Harley, orientada pela profa. Índia Mara, alia reflexão à prática. Já Isabel Cristina, orientada pela profa. Elianne Ivo, estuda casos de filmes interativos brasileiros.

Monografias sobre a economia e política do cinema nacional também estão presentes com a abordagem do contexto e das motivações da visita do poderoso presidente da MPAA ao Brasil em 1977 por André de Lima, orientado por Maurício de Bragança; com o original trabalho de Rodrigo Gonçalves sobre o papel da Petrobrás como principal patrocinadora cinema brasileiro contemporâneo; e ainda com a análise de mudanças recentes no mercado exibidor carioca por Lucas Melo, ambos orientados por Tunico Amâncio.


Boa leitura. 

 

Os editores


Apontamentos

  • Não há apontamentos.