Editorial

Eliany Salvatierra, Rafael de Luna Freire

Resumo


Este número de Rascunho marca várias mudanças na revista criada em 2008. Além de um novo endereço eletrônico e um novo visual – graças ao valioso trabalho da aluna Tayane de Moura –, a revista dedicada às melhores monografias defendidas a cada semestre no curso de cinema da Universidade Federal Fluminense passa a ter como editores os professores Eliany Salvatierra e Rafael de Luna Freire. O objetivo é dar continuidade ao pioneiro trabalho dos editores anteriores, Cezar Migliorin e Tunico Amâncio, desenvolvendo esta janela de divulgação de trabalhos de conclusão de curso realizados no âmbito da graduação. Como evidência desse avanço, a Rascunho, inclusive, passa a ter um número de ISSN.

Na primeira edição desta nova fase da Rascunho, a seleção de monografias do curso de cinema da UFF continua oferecendo uma importante contribuição aos estudos na área, atendendo a temas que ainda carecem de uma bibliografia mais extensa em nossa língua. É o caso da área de preservação audiovisual, encarada sob o ponto de vista da curadoria no trabalho de Suzana Torres Correa, orientada pelo prof. Fabián Nuñez. O mesmo pode ser dito da análise de cineastas ainda muito pouco conhecidos no Brasil, como o pioneiro diretor negro Oscar Micheaux, abordado por Ricardo Gonçalves de Almeida e orientado pelo mesmo professor.

A variedade dos trabalhos é expressa ainda por estudos que abarcam tanto o cinema norte-americano contemporâneo – a adaptação dos quadrinhos Watchmen é analisada no contexto pós 11 de setembro por Luiz Eduardo de Biaso Martins, orientado pelo prof. Tunico Amâncio – quanto nomes expressivos do cinema de autor, como o do francês Eric Rohmer, examinado pelo prisma do realismo por Calac Nogueira Salgado Neves, com orientação do prof. João Luiz Vieira.

A ativa vertente de estudos sobre som e cinema na UFF marca presença nesta edição da Rascunho com a monografia de Clara Helena de Oliveira, orientada pelo prof. Fernando Morais, acerca do espaço sonoro em Last Days, de Gus Van Sant. E o cinema brasileiro aparece com o trabalho de Vanessa Gomes de Queiroz, orientanda do prof. João Luiz Leocádio, que toma o filme Amarelo Manga como objeto de uma análise que aproxima cinema e pintura.

Por fim, não podemos deixar de agradecer aos pareceristas dessa edição, escolhidos principalmente dentre alunos e ex-alunos do Programa de Pós-Gradução em Comunicação da UFF, em sintonia objetivo da Rascunho de estimular o diálogo produtivo e efetivo entre todos os níveis da academia.

Boa leitura.


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