A MISE-EN-SCÈNE COMO CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO ESSENCIALMENTE CINEMATOGRÁFICO: O sonoro e o inefável

Guilherme Farkas

Resumo


O objetivo dessa monografia é problematizar uma via de mão dupla entre som e mise-en-scène. Para tanto, investigamos as origens de mise-enscène no cinema e seus subsequentes empregos. Assim nos ligamos às proposições que fizeram a jovem geração de críticos franceses agrupados em torno das revistas Revue du Cinéma, Presence du Cinéma e Cahiers du Cinéma, sobretudo na época entre 1948-1959. Nos apoiamos em textos de Eric Rohmer, Jacques Rivette, Michel Mourlet e André Bazin. Através de publicações de Luiz Carlos Oliveira Jr e Jacques Aumont, realizamos aproximações e distanciamentos entre os críticos-autores. Como deixaram indicados as bibliografias consultadas, realizamos análise do som e sua relação com a mise-en-scène em filmes de Otto Preminger (Bunny Lake Desapareceu) e Fritz Lang (O Tigre de Bengala/Sepulcro Indiano). Nossos interlocutores para uma análise do som foram Pierre Schaeffer, Michel Chion e Virgínia Flores. Posteriormente optamos por analisar o som e mise-enscène no cinema contemporâneo. Nos apoiando então em alguns conceitos da "estética do fluxo" publicados por Stephane Bouquet, Jean-Marc Lalanne e Olivier Joyard. Para se relacionar com o filme eleito para análise, A Mulher Sem Cabeça (Lucrecia Martel) nos apoiamos em conceitos de Erly Vieira Jr, Damyler Cunha e Natália Christofoletti Barrenha.

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