A REVOLUÇÃO NA ARTE, A ARTE NA REVOLUÇÃO: UMA POLÍTICA DA IMAGEM NO CINEMA REVOLUCIONÁRIO SOVIÉTICO

Quézia Maria Lopes Gomes da Silva

Resumo


O objeto de estudo deste trabalho é o cinema que se forjou na Rússia a partir da Revolução de 1917 até o final da década de 1920 (período conhecido como cinema revolucionário soviético), tendo como referência, fundamentalmente, o trabalho artístico (técnico e teórico) desenvolvido por sua primeira geração de cineastas, com destaque para as obras de Serguei Eisenstein e Dziga Vertov - que podem ser referenciados como dois dos principais realizadores e teóricos do cinema soviético dos anos 1920. Esta análise busca compreender este cinema sem isolá-lo de seu contexto histórico, social, político, econômico e cultural, pois estas condições foram determinantes para o desenvolvimento daquele cinema, de sua estética, técnica e teoria cinematográficas. Portanto, este trabalho propõe-se a investigar como se delineou o cinema soviético do período revolucionário, o que se traduz em duas questões: Como o período revolucionário de 1917 e anos posteriores forjaram o cinema enquanto arte? E, ainda: Como o cinema revolucionário soviético, numa relação dialética, funda por influenciar a realidade soviética no período revolucionário estudado (até o final da década de 1920)? Desse modo, objetiva-se compreender a essência desse fenômeno, a partir da relação dialética que se estabeleceu entre cinema, enquanto linguagem e expressão artística, e as determinações concretas da realidade: político-educacional e econômico-social.

Para responder às questões, observou-se a necessidade de recorrer a variados vieses e afastar-se de uma análise que se fechasse apenas no campo cultural e artístico.


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